Novo filme da Netflix aborda a hiperidrose

Certamente, depois de assistir um filme ou uma série, você já quis se sentir parecido com aquele ou aquela personagem principal.

Esse desejo pela semelhança pode ser pela personalidade, estilo ou, claro, pela aparência física.

Sendo assim, proporcionada pela indústria cinematográfica, surge-se um padrão.

Seja de comportamento, de vida ou de beleza.

E, nós, somos ensinados, desde sempre, a segui-lo, mesmo que seja irreal.

Por conta disso, muitas pessoas, principalmente mulheres, decidem fazer procedimentos estéticos irreversíveis para parecerem determinadas celebridades ou personagens.

Infelizmente, essa prática tem sido cada mais comum entre a juventude. Isso reflete nos dados.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), o Brasil contabilizou um aumento de 141% de cirurgias plásticas realizadas entre jovens de 13 a 18 anos.

Esse acréscimo foi durante um período de dez anos.

Entretanto, já imaginou como seria se os famosos filmes e seriados pudessem nos representar como realmente somos?

Com personagens negros, indígenas, com deficiências e com condições de saúde como a hiperidrose?

Esse é o caso do novo filme da Netflix: “Confissões de uma garota excluída” que tem uma protagonista com hiperidrose.

Quer saber mais sobre? Então, faz uma pipoca e acompanha a leitura!

Suor excessivo no verão: como lidar?

A importância da representatividade

Acabe com o suor no rosto e cabeça

De uns anos para cá, termos como minoria social e representatividade passaram a serem mais conhecidos.

Diferentemente do que o nome sugere, minoria social não quer dizer inferioridade numérica.

Isso significa que, mesmo em grandes quantidades, esses grupos não conseguem se identificar em determinados espaços sociais.

Por exemplo, o Brasil é um país cuja população é majoritariamente de negra e feminina.

No entanto, em ambientes de poder, como na política, na comunicação e na economia, essas pessoas não são representadas.

Logo, elas não conseguem se sentir pertencentes àquele espaço e nem ouvidas.

Quando pensamos em produções cinematográficas, isso também não é diferente.

Ao inserir grupos minoritários, como negros, mulheres, LGBT’S e pessoas com deficiências, temos uma pluralidade de ideias e de expressões.

Ademais, representatividade também significa autoestima, empoderamento e exercício de empatia.

Isso porque, como as realidades são diferentes, aprendemos a conviver de uma forma mais democrática e diversa.

Sobre o filme Confissões de uma garota excluída – Netflix

Resenha do Hexatrate para bromidrose

Baseado na obra da escritora Thalita Rebouças, o filme conta a história de Tetê (Klara Castanho), uma adolescente de 15 anos que não tem amigos e sofre bullying de seus colegas na escola.

Isso porque, além de ser nerd, a personagem sofre com a hiperidrose.

Por conta disso, ela era conhecida como “Tetê do cecê”.

Filha única e moradora da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, ela não se identifica com o lugar em que vive.

Com os pais desempregados, a família precisou se mudar para a casa dos avós de Tetê em Copacabana, também na cidade maravilhosa.

Assim, ela se viu obrigada a recomeçar em outro colégio.

Nessa aventura, ela tenta, ao máximo, melhorar a questão do suor excessivo e não sofrer bullying novamente.

Ademais, fazer amigos passou a ser uma prioridade para Tetê.

Entretanto, a garota popular do novo colégio, Valentina (Júlia Gomes), faz de tudo para que a protagonista com hiperidrose seja considerada esquisita e ficasse sozinha.

Juntamente com outros excluídos, Davi (Gabriel Lima) e Zeca (Marcus Bessa), que se tornam seus amigos, a adolescente consegue desenvolver uma vida social e superar as intimidações.

Lançado esse ano, “Confissões de uma garota excluída” é um drama adolescente que tem muito a nos ensinar sobre nos aceitarmos e sobre a importância de ter bons amigos.

Impactos positivos que o filme pode gerar

Embora seja um filme leve e juvenil, “Confissões de uma garota excluída” pode trazer impactos muito positivos.

Tanto acerca de temas importantes e conhecidos como bullying, amizade, família e autoestima, quanto para pautas que não são faladas e nem abordadas em produções audiovisuais.

Como é o caso da questão do suor excessivo.

Assim como a protagonista com hiperidrose, Tetê, que vive momentos constrangedores por conta da sua condição, muitas pessoas fora das telas também passam por isso.

E trazendo essa questão da hiperidrose, o filme pode contribuir para que haja mais conversa sobre o assunto.

Especialmente no que tange a desmistificar alguns “fatos”, como o fato que essa condição é falta de higiene.

Com informação e conhecimento, pode-se evitar comentários maldosos e situações desagradáveis.

Recomendado para crianças a partir de 10 anos, o filme também consegue conquistar pessoas mais velhas, especialmente se elas sofrem com o suor excessivo.

Isso porque, muitas, conseguem se identificar com as peripécias da personagem e, claro, pertencentes à espaços que deveriam ser comuns, como escolas.

No mais, elas também podem se espelhar na personagem principal para não terem medo de fazer o que realmente faz feliz.

Podemos garantir que, pelo menos, a maioria das pessoas que tem essa condição, nunca tenha assistido um filme em que a hiperidrose fosse abordada.

E aí, já assistiu ao filme da Netflix?

O que você achou?

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